BARÁ ( Exu, Orixá)
Orixá Princípio de Movimento e Interligação.
O Mensageiro dos Orixás.
Bará pode ser o mais benevolente dos Orixá se é tratado com consideração e generosidade.
Identificado erroneamente como o diabo, por características peculiares de seu comportamento como: irreverência, prepotência, arrogância, astúcia..
Ele é dono das chaves dos portais, encruzilhadas e caminhos. Suas saudações, obrigações e cortes, devem sempre ser feitos em primeiro lugar.
EXU possui o dominio de multiplicar a tudo que a ele pertence, por isso sempre colocamos dinheiro (owo, também pertencente o dominio a Xango e Iansã) a seus pés. Na verdade, Exu é o orixá que transforma dinheiro em riqueza. Senhor absoluto do mercado, Exu gosta da troca, mas odeia a barganha. Abra seu coração diante de Exu, receba e retribua. Ao circular, Exu distribui. Tudo que gira retorna. Não se prenda ao dinheiro. Busque a felicidade, cultive a riqueza.
Que Exu, senhor dos caminhos, orixá valoroso, meu pai, nos conceda o direito de obter a chave da porta, para que possamos, com fé, abri -la.
Que o senhor nos mostre o caminho correto, para que possamos ir.
Mostre para aqueles que merecem, oh orixá valoroso, o poder do seu Axé grandioso.
Laroye Exu, Mojubá
🎶Egba rà um be be (Minha fé me alimenta, peço, peço)
Tiriri Lonã (Tiriri – Valoroso/ Lonã – no caminho = Exu que nos dá, coisas no caminho)
Exu Tiriri (Exu Valoroso) 🎶
ITAN: Ogum recusa a coroa de Ifé
Quando o mundo era apenas um charco, Ogum costumava descer do Céu pelas teias de aranha, sempre que vinha aqui caçar.
Mais tarde, nesse mesmo lugar, Orixanlá criou a Terra e desceu com os outros orixás ao novo mundo para completar a Criação.
Orixanlá, porém, tinha dificuldade de andar na densa floresta, pois seus instrumentos de bronze não cortavam o mato.
Somente Ogum tinha um instrumento de ferro capaz de abater as árvores e moitas e abrir caminho.
A pedido dos orixás, que lhe prometeram recompensa, concordou em ajudar Orixanlá.
Por isso, quando eles construíram a cidade de Ifé, ofereceram a coroa a Ogum.
Mas Ogum a recusou, pois não desejava ter súditos. Não queria governar, preferindo caçar e guerrear.
Por muito tempo viveu sozinho no alto de uma colina, de onde podia vigiar a terra e observar suas presas.
Quando, finalmente, desceu à cidade para visitar os orixás, eles não o receberam, porque suas roupas estavam manchadas de sangue.
Desgostoso, tirou as roupas sujas, vestiu-se com folhas novas de palmeira e foi viver, sozinho, nunca permanecendo muito tempo num mesmo lugar, sempre a caminhar pelas estradas.
ITAN: Odé desrespeita proibição ritual e morre!
Naquele dia a caça era proibida. Ninguém podia trabalhar. Era dia de ir à casa de Ifá levar as oferendas.
Mas Odé queria caçar, como fazia todo dia. Odé não se importou com o interdito. Odé não foi consultar o adivinho.
Odé tranquilamente foi caçar, seguiu o caminho da floresta.
Oxum, sua esposa, cansada de ver o marido quebrar os sagrados tabus, abandonou a casa e o esposo.
Caminhando pela mata, Odé escutou um canto que dizia:
“Eu não sou passarinho para ser morta por ti…”.
Era o canto de uma serpente, era Oxumarê.
Odé não se importou com o canto e atravessou a cobra com a lança, partindo-a em vários pedaços.
Odé tomou o caminho de sua casa e, no percurso, continuou escutando o mesmo canto:
“Eu não sou passarinho para ser morta por ti…”.
Ao chegar em casa, Odé foi para a cozinha, preparou uma iguaria com o fruto de sua caça e comeu a saborosa comida imediatamente.
Pela manhã Oxum retornou a casa para ver como estava o marido caçador.
Para seu espanto, encontrou morto o seu Odé. Odé estava morto, o corpo caído no chão.
Ao lado de Odé, Oxum viu um rastro de serpente que se alongava até a entrada da floresta.
Desesperada, Oxum foi procurar Orunmilá. E ofereceu muitos sacrifícios.
Orunmilá ouviu o pleito da dolorosa Oxum. Orunmilá deixou Odé viver de novo.
Deu a Odé o cargo de protetor dos caçadores. E Odé foi transformado em orixá.
Ele é a luz em meio aos caos da escuridão.
Ele é a segurança da Terra aos meus pés
Ele é meu acalanto nós meus momentos ruins
Ele é meu levantar
Ele é meu descanso
Ele é meu coração
Ele permite ser eu mesmo, o capitão do meu destino
Ele é a força que me capacita a ser o capitão da minha alma
Ele é Xapanã, Omolu, Ajunsun, Azauany, Kavungo, Nsumbu, Obaluaye, Jagun, Afoman, Afenan, Intoto, Sakpata…
Ele é meu Pai, seu pai, pai das palhas.
Só Gratidão.
Ofãna Asèle belèbelè korô
Atotô pai !
ITAN: Ossain cobra por todas as curas que realiza!
Desde pequeno Ossain andava metido mata adentro.
Conhecia todas as folhas e seus segredos.
De cada qual sabia o encantamento apropriado.
Sabia empregá-las na cura de doenças e outros males e com elas preparava beberagens, banhos e unguentos, que carregava consigo em miraculosas cabacinhas.
Um dia Ossain resolveu partir pelo mundo, sempre portando seus mágicos atós, as cabacinhas.
Sua fama o antecipava.
Por onde andava era aclamado o grande curandeiro. Certa vez salvou a vida de um rei, que em troca quis lhe dar muitas riquezas.
Ossain não aceitou nada daquilo, somente recebia os honorários justos que eram pagos a qualquer médico ou feiticeiro.
Tempos depois sua mãe caiu enferma e seus irmãos foram buscá-lo para tratar dela.
Ossain chegou com suas folhas e atós de remédios, mas estipulou um pagamento de sete búzios pela cura.
Os irmãos se espantaram com a exigência, porém, mesmo a contragosto, pagaram a quantia pedida e a mãe foi salva.
O dinheiro era parte da magia, que tem seus encantamentos, fórmulas e preceitos, que nem mesmo Ossaim pode mudar.
Ossain curou a mãe e seguiu o seu caminho, como a folha que é livre e o vento leva.
Conheça os mistérios de Oxumaré – O Orixá Serpente e Arco-Íris
Orixá Oxumaré (também conhecido como Oxumarê) representa a cobra arco-íris, que traz as características do animal como a mobilidade, agilidade e destreza. Ele mora no céu e viaja através do arco-íris para a Terra. Além disso, ele representa a fortuna, abundância, prosperidade e riqueza que são realizações importantes para o seu povo.
Oxumaré é o caminho da felicidade.
Na língua iorubá (yorubá), falada por muitos povos na África, seu nome tem uma grafia diferenciada, Òsùmàrè. No Brasil, o Orixá é conhecido com representatividade masculina embora algumas pessoas o relacionem a Oxum. Porém, sua conexão com o universo feminino se dá através da sua irmã gêmea, Ewá e em diversas representações ele, como uma cobra, enrola-se ao redor do corpo dela para protegê-la.
Oxumaré representa a junção entre o masculino e o feminino, união que possibilidade a existência da vida, a água e a terra, a mortalidade e a imortalidade e tudo o que é duplo, ambíguo e opostos que se complementam. Ele é uma grande cobra que envolve a Terra com a sua cauda e assegura a integração do planeta e a renovação do universo regendo as transformações.
Itan sobre o nascimento de Oxumaré
Apesar do desentendimento entre Nanã e Oxalá devido ao abandono de Omulu, seu filho que nasceu com chagas, o casal gerou mais uma criança dessa vez Oxumaré. Mas devido a praga jogada em Nanã, Oxumaré também nasceu com problemas de formação, sem braços e pernas, como uma serpente, ele rastejava pelo chão como o réptil, mas a sua forma era humana. Mais uma vez decepcionada, Nanã abandonou seu filho.
Oxumaré não precisou da ajuda de ninguém para se manter, muito ágil e sábio o Orixá logo aprendeu a sobreviver caçando, nadando e subindo em árvores quando preciso. Ele até plantava sua comida favorita, a batata doce. Orunmilá, o Orixá da profecia, observou o menino e se apiedou do garoto, o tornou um dos Orixás mais belos e o encarregou de levar e trazer as águas dos céus ao palácio de Xangô. Por esse motivo é que pedimos a Oxumaré por chuvas.
Itan: Xangô é justo com aqueles que não tinham opção
Xangô e seus homens lutavam com um inimigo implacável.
Os guerreiros de Xángô, capturados pelo inimigo, eram mutilados e torturados até a morte, sem piedade ou compaixão.
As atrocidades já não tinham mais limites.
O inimigo mandava entregar a xangô seus homens aos pedaços.
Xangô estava desesperado e enfurecido.
Xangô subiu no alto de uma pedreira perto do acampamento e dali consultou Orunmilá sobre o que fazer.
Xangô pediu ajuda a Orunmilá.
Xangô estava irado e começou a bater nas pedras com seu oxé, o machado duplo.
O machado arrancava das pedras faíscas, que acendiam no ar famintas línguas de fogo, que devoravam os soldados inimigos.
A guerra perdida se transformou em vitória.
Xangô ganhou a guerra.
Os chefes inimigos que haviam ordenado o massacre dos soldados de Xangô foram dizimados por um raio que Xangô disparou no auge de sua fúria.
Mas os soldados inimigos que sobreviveram foram poupados por Xangô.
A partir daí, o senso de justiça de Xangô foi admirado e cantado por todos.
Obanisè Kao Kabiecile
🌟Aláfia Ìyágbà Oyá🌟
“Oyá é a força dos ventos, dos raios e furacões, das brisas que acalmam, das coisas que passam como o vento, dos amores sensuais e passageiros e das tempestades que assolam a existência, mas não duram para sempre. Orixá dos ventos, do fogo, dona da alegria e da paixão que arde como o fogo. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão.”
Que eu tenha sempre sua garra e sua força! Que eu consiga buscar dentro de mim, tudo o que for necessário pra permanecer determinada em busca dos meus objetivos. Que seu vento embale meus sonhos, que seus raios tracem meus caminhos e que toda tempestade que surgir em minha vida, eu transforme em uma garoa leve, pois sei que estás comigo.
Eparrey Iansã! ⚡💃🏽🦋🐃🌪🌬
Yewá domina as ações severas em todos os níveis, da camuflagem à metamorfose. Pode tomar a cor que quiser, propriedade de alguns animais como o camaleão aliado da senhora dos sentidos e também é o EWO em seu culto.
Por isso, o principal pedido que se faz a Yewá quando se encontramos em dificuldades é que possamos ser invisíveis para os nossos inimigos.
Obá Siré!!!
Dona da Roda, Orixá de guerra; controla a roda da vida;
Orixá Obá é senhora das águas doces revoltas, procura sempre pelo equilíbrio e é defensora da justiça.
Obá é defensora dos injustiçados, mulher de garra e força que não teme nenhum homem ou afrontas. Seu único ponto fraco é o amor. É fácil entender Obá pois suas características são muito comuns em diversas mulheres que conhecemos. Corajosas prontas a enfrentar o mundo, mas se desmontam fragias quando encontram sua verdadeira paixão. Mil homens não derrubam Obá, mas um em especial sabe atingir seu coração.
Obá pode representar a mulher masculinizada, onde a força bruta e a disputa com os homens imperam no lugar da sedução e vaidade
Que nunca nos falte tua força e garra para correr atrás dos ideais e vontades. Oxéu!
OBÁ SIRE
Oxum é uma orixá, é a rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras, cultuada no candomblé e também na umbanda, religiões de origem africana.
Oxum é a segunda esposa de Xangô e representa a sabedoria e o poder feminino. Além disso, é vista como deusa do ouro e do jogo de búzios.
É a deusa do rio Oxum (ou Osun) que fica no continente africano, mais concretamente no Sudoeste da Nigéria.
O arquétipo de Oxum é de uma mulher graciosa e elegante, com predileção por joias, perfumes e roupas. A figura de Oxum carrega um espelho na mão. Algumas pessoas confundem Oxum e Oxumarê, mas segundo a Umbanda e o Candomblé são divindades distintas.
Oxum representa a deusa da beleza, orixá do amor, da fertilidade e da maternidade, responsável pela proteção dos fetos e das crianças recém-nascidas, adorada pelas mulheres que querem engravidar. Seu elemento é a água, sua cor é o amarelo e seu dia é o sábado.
Agora uma curiosidade sobre Logun Edé, no Brasil há o hábito de se dirigir a Logun como se ele fosse infante, menino, mas isso e um erro. Em todas as outras religiões de Orisa isso não existe. Logun é tão velho quanto a maioria dos Odé, é casado com quatro esposas e foi guerreiro em muitas batalhas. Logun é grande, filho de Osun e Erinle.
Existe aqui esse hábito de ver Logun como pequenino por que sua infância foi assistida por todos os Orisa e os mitos de quando era pequeno são muito conhecidos mas isso não significa que ele tenha sido congelado na infância tal qual os ibejis. Ele cresceu, é adulto.
Fará Loci Loci
Akofá
NANÃ: RESISTIR APESAR DE TUDO
Senhores & Senhoras.
Espero que nao lhes soe arrogante aquilo que tenho a dizer sobre mim.
Meu nome é Nanâ. Sou mãe, sou avó, sou Anciã no sentido mais pleno.
Ja passei por tudo nessa vida, conheci o mais profundo sofrimento, aprendi a nao chorar, apesar de tanta dor.
Sentei e vi o tempo correr.
Vi os homens e suas guerras, mas não me mantive impassível.
Participei, lutei com a mais poderosa de todas as armas: a sabedoria!
Sou Nanã!
Sou justa, suprema e minha sentença é de vida ou de morte.
Por vezes, sou dura nas palavras, mas meu coracao é terra e agua, é matéria que se molda: é lama.
Matéria-prima de toda a existência, posso interceder e mudar o único destino certo.
Sou velha, mas sou mulher, e como não tenho regras desconheco qualquer limite.
Não estou pra chistes, meu poder não se afronta. Mato com suavidade, mato sem fazer sangue, mato sem precisar de nada.
Sou a bondade em pessoa, mas não queira ver meu outro lado.
Sou Nanã, sou resistencia do povo negro, sobrevivendo apesar de tudo.
💜 Saluba 💜
Yèyé omo ejá (“Mãe cujos filhos são peixes”)
Em seu culto original, Iemanjá é associada aos rios, à fertilidade feminina, à maternidade, ao começo do mundo e à continuidade da vida.
O mito é originário do povo egba, da Nigéria, que habitava a região do rio Yemonja
A representação original de Iemanjá era uma mulher de pele escura e seios enormes. A mudança para a imagem conhecida atualmente, mais puritana, aconteceu após o sincretismo com santas católicas
É o orixá africano do povo Egba divindade das águas doces, seu culto principal situava-se em Abeokuta e outros povoados na beira do rio Ògùn.
Na mitologia yoruba é filha de Olokun .
Yèyé omo ejá (“Mãe cujos filhos são peixes”), é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. As guerras entre nações iorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX. Evidentemente, não lhes foi possível levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo os objetos sagrados e os suportes do àse da divindade O rio Ògùn , que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Yemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o deus do ferro e dos ferreiros, contrariamente à opinião de numerosos que escreveram sobre o assunto no fim do século passado.
O principal templo de Iemanjá está localizado em Ibará, um bairro de Abeokutá (ver mapa). Os fiéis desta divindade vão todos os anos buscar a água sagrada para lavar os axés, não no rio Ògùn, mas numa fonte de um dos seus afluentes, o rio Lakaxa. Essa água é recolhida em jarras, transportada numa procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores. O cortejo na volta vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.
ITAN: OXAGUIÃ DESTRÓI PALÁCIOS, PARA O POVO TRABALHAR!
Ajagunã, o filho guerreiro de Oxalá, andava junto com Ogum fazendo a guerra.
Onde Ogum destruía uma cidade, Ajagunã construía outra maior e mais próspera.
Conquistavam para seu povo todos os campos de inhame e todas as riquezas em ouro e escravos.
O jovem Oxalá não tinha descanso, estava sempre provocando novas situações,
obrigando todo mundo a trabalhar e progredir.
Onde a paz resultava em calmaria e preguiça ele provocava a discórdia e o movimento, ninguém podia se acomodar na presença de Ajagunã.
Um dia, entre uma batalha e outra, Ajagunã foi à cidade de Ogum em busca de munição. Lá chegando, viu que o povo festejava. Tinham acabado a construção de um palácio novo, que ofereciam para o seu rei Ogum.
A eles perguntou Ajagunã:
“Que fazeis agora que o palácio está feito?”.
Responderam eles:
“Descansamos de nosso feito. Festejamos”.
Disse Ajagunã:
“Vosso rei está em guerra e tardará.
Aproveitai o tempo e fazei um trabalho melhor.
Um palácio mais belo e resistente, do qual ele haverá de mais se orgulhar”.
E tocou a parede do palácio com sua espada e o palácio ruiu!
Oxaguiã ganhou assim o epíteto de Olorogun, o causador de problemas. Pois um povo sem ter o que fazer e sem buscar soluções, não conseguirá progredir.
Oxalufã (em iorubá: Òṣàlùfàn)[1] ou Oxalufom (em iorubá: Òsàlúfón)[2], Orixá africano cultuado em todo o Brasil por todas as religiões afro-brasileiras, identificado no jogo do merindilogum pelo odu ofum ou ejiocô e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado ibá de Oxalufã.
Oxalufã
Considerado um Oxalá muito velho, curvado pelos anos, que anda com dificuldade e hesitação, como se estivesse atacado pelo reumatismo. Ele apoia seus passos cambaleantes sobre um paxorô (ou opaxorô, ou ainda em iorubá, Opá Oşòró), grande bastão de metal branco, encimado pela imagem de um pássaro e ornado por discos de metal e pequenos sinos. Considerado como o Orixá da Paz, da paciência, tudo que se refere à Oxalá é ligado a calma e a tranquilidade. Sua cor é o branco e seus filhos não podem usar roupa preta, vermelha e tons escuros. Seu dia da semana é a sexta-feira, e por respeito ao pai mais velho, todo povo-de-santo usa branco nesse dia. Sua dança é lenta como o passo do Ibim.
Caramujo – Ibim
O Ibim, que é chamado o boi de Oxalá, é sua oferenda favorita juntamente com o Ebô. E Ibim também é o nome do toque dedicado à Oxalá. E as Águas de Oxalá é a sua principal festa realizada sempre no mês de janeiro nas principais casas tradicionais da Bahia
IBEJIS no Candomblé e a VOZ, do Orixá o transmissor entre o Orixá e o Medium.
Itan: Os Ibejis brincam e põem fogo na casa
Egbé tinha dois filhos, eram filhos gêmeos.
“Aqueles são os Ibejis travessos de Egbé”, diziam, quando ela passava orgulhosa com as crianças.
Egbé tinha um problema com os filhos.
As crianças eram levadas, como todas as crianças, e gostavam de brincar com fogo.
Os gêmeos traquinas traziam fogo para casa e o fogo incendiava o lar de Egbé.
Sua casa estava, assim, sempre em reparo, sempre refeita das cinzas, nunca completada inteiramente, pois com nova brincadeira, novo incêndio.
Egbé vivia em sobressalto, experimentando as mais inquietantes emoções, sempre com o coração batendo forte e apressado.
Egbé consultou o babalaô e ele disse a ela que tivesse outro filho.
O terceiro filho veio e apaziguou os irmãos gêmeos.
O irmão dos Ibejis foi chamado Idoú.
Seu temperamento tinha a combinação do espírito de seus dois irmãos mais velhos.
Os meninos gêmeos não brincaram mais com fogo, mas ensinaram ao irmão mais novo todas as artes capazes de provocar emoções profundas, que fazem o coração das mães bater forte e apressado.